Medida pode aumentar incertezas e afetar a saúde mental de estudantes internacionais, incluindo imigrantes brasileiros nos EUA
O Departamento de Estado dos EUA anunciou, nesta última quarta-feira, a abertura de uma investigação para avaliar a “continuidade da elegibilidade” da Universidade de Harvard como patrocinadora do programa de visto de intercâmbio J-1. A iniciativa, divulgada pelo Secretário de Estado Marco Rubio, representa mais um capítulo na escalada de atritos entre a administração Trump e a tradicional instituição de ensino superior.
Rubio ressaltou que “todos os patrocinadores devem cumprir integralmente as normas do programa, garantir transparência em seus relatórios e demonstrar compromisso com os princípios de intercâmbio cultural e entendimento mútuo”, pilares que fundamentam o J-1, responsável por trazer professores, pesquisadores e estudantes de diversas nacionalidades ao campus americano. Em maio, Harvard já havia tido seu status de patrocinadora suspenso, decisão depois barrada pela juíza federal Allison Burroughs.
Em resposta, a universidade classificou a investigação como “mais um passo retaliatório” e afirmou que continuará “protegendo sua comunidade internacional” e cumprindo rigorosamente as regras do programa. A administração Trump também ampliou a fiscalização de solicitantes de vistos de estudante e intercâmbio, exigindo, em alguns casos, o perfil público em redes sociais para “verificação de atitudes hostis”.
Para a comunidade de imigrantes brasileiros, especialmente aqueles que vivem em Massachusetts e já enfrentam os desafios de adaptação cultural, barreiras linguísticas e burocráticas, notícias como esta podem gerar ansiedade e insegurança. A instabilidade nos processos de visto não afeta apenas a logística de chegada e permanência nos EUA, mas tem implicações diretas na saúde mental: o medo de perder oportunidades acadêmicas, de pesquisa ou mesmo a rede de apoio construída longe de casa aumenta os níveis de estresse e sensação de vulnerabilidade.
Na Zimny Magazine, entendemos que o bem-estar emocional dos imigrantes vai além da adaptação prática. É fundamental oferecer suporte e informação clara sobre mudanças políticas que impactam suas vidas.