A atriz e produtora Reese Witherspoon, que recentemente retornou às telas com a nova temporada da aclamada série “The Morning Show” na Apple TV+, compartilhou em um podcast como a decisão de deixar um relacionamento abusivo foi um ponto de virada fundamental em sua vida, forçando-a a “reprogramar seu cérebro” e, finalmente, a encontrar sua própria força.
A premiada atriz, conhecida por papéis icônicos como Elle Woods em “Legalmente Loira”, abriu seu coração sobre o impacto profundo que a experiência teve em sua vida pessoal e profissional. A conversa oferece uma visão poderosa sobre a resiliência e a importância de lutar pela própria felicidade e bem-estar.
“Eu Tive que Reprogramar Meu Cérebro”

Durante sua participação no podcast “The Interview“, do The New York Times, em 20 de setembro, Witherspoon detalhou como o abuso, que ela descreveu como “psicológico” e “verbal”, a deixou com uma percepção distorcida de si mesma. “Meu espírito havia diminuído porque eu acreditava que todas aquelas coisas horríveis que a pessoa dizia sobre mim eram verdadeiras”, confessou a atriz de 49 anos. “Eu tive que reprogramar meu cérebro.”
Ela explicou que, embora fosse profissionalmente competente, não possuía a maturidade emocional para reconhecer a dinâmica prejudicial do relacionamento na época. “Levei um tempo para me reconstituir”, afirmou.
Um Ponto de Virada Decisivo
Esta não foi a primeira vez que Witherspoon falou sobre o assunto. Em uma conversa com Oprah Winfrey em 2018, ela descreveu o momento da decisão de sair do relacionamento como um divisor de águas. “Eu tracei um limite, e ele foi cruzado, e meu cérebro simplesmente mudou”, disse ela na época. “Eu não podia ir mais longe.”
Segundo a atriz, essa experiência foi o que a permitiu se tornar a mulher ambiciosa que é hoje. “É parte da razão pela qual posso me levantar e dizer: ‘Sim, sou ambiciosa’. Porque alguém tentou tirar isso de mim”, refletiu.
Empoderamento e Compaixão

A jornada de Witherspoon para curar e reconstruir sua autoconfiança destaca a força necessária para superar traumas. Suas palavras ressoam como um lembrete inspirador de que é possível não apenas sobreviver a situações de abuso, mas também emergir delas com um senso renovado de propósito e poder pessoal.
A atriz também demonstrou compaixão por outras figuras públicas que enfrentam o escrutínio constante, chamando a desumanização pela mídia e pelo público de “quase impossível” de navegar. Essa empatia, nascida de suas próprias lutas, reforça a mensagem de que por trás da persona pública existe sempre um ser humano.
