O presidente Donald Trump intensificou sua política migratória em 2025, promovendo ações que têm gerado forte repercussão nacional e internacional. Entre as medidas mais polêmicas estão a sugestão de deportação de cidadãos americanos condenados por crimes violentos, o uso da base de Guantánamo para deter imigrantes e a revogação de programas humanitários.
Deportação de cidadãos americanos
Durante uma reunião com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, em abril, Trump afirmou estar “entusiasmado” com a possibilidade de deportar cidadãos norte-americanos condenados por crimes violentos para outros países, caso estes aceitem recebê-los. A proposta provocou críticas imediatas de juristas e defensores de direitos civis, que lembram que a Constituição dos EUA proíbe a deportação de cidadãos natos.
Operações de deportação em massa
O governo também lançou metas agressivas: deportar um milhão de imigrantes indocumentados no primeiro ano do segundo mandato. Para isso, foram intensificadas operações como a “Operação Safeguard”, com foco em grandes centros urbanos e cidades-santuário — locais que limitam a colaboração com autoridades federais de imigração. Comunidades inteiras têm relatado aumento no número de detenções e batidas imigratórias.
Guantánamo como centro de detenção
Em uma medida inédita, Trump ordenou, em janeiro, a preparação da base militar de Guantánamo Bay, em Cuba, para receber imigrantes indocumentados. Imigrantes venezuelanos e de outras nacionalidades já foram enviados ao local, onde enfrentam denúncias de detenções prolongadas e sem acesso a representação legal.
Fim de programa humanitário
Outro retrocesso significativo foi a revogação do programa de “parole humanitário”, que permitia a entrada legal de imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. A decisão impacta mais de 500 mil pessoas e, segundo especialistas, pode causar perdas de até 5,5 bilhões de dólares por ano à economia dos EUA, devido à força de trabalho que esses migrantes representavam.
Resistência jurídica
As medidas vêm enfrentando desafios nos tribunais. Em abril, um juiz federal suspendeu temporariamente a deportação de migrantes para países terceiros, exigindo que eles tenham oportunidade de apresentar pedidos de asilo ou alegações de perseguição. O governo Trump recorreu ao Supremo Tribunal.
Nota à comunidade imigrante
Diante desse cenário, organizações de direitos civis reforçam a importância de mobilização e informação. Cidadãos, residentes e imigrantes devem buscar orientação legal, conhecer seus direitos e se unir a movimentos e entidades que atuam na defesa da dignidade humana e da justiça migratória.
A história mostra que políticas autoritárias avançam onde há silêncio. É tempo de resistência, solidariedade e ação.