Uma cidade no Japão aprovou uma lei que limita o uso de smartphones por crianças e adolescentes a, no máximo, duas horas por dia em dias de semana, e três horas nos fins de semana. A medida, que visa combater o vício em tecnologia e seus efeitos negativos, gerou debates sobre sua eficácia e aplicabilidade.
O que diz a nova lei
Aprovada na cidade de Higashikagawa, a lei não prevê punições para quem descumpri-la, contando com a colaboração dos pais e responsáveis para monitorar e restringir o tempo de uso dos dispositivos. O objetivo é incentivar hábitos mais saudáveis e promover o desenvolvimento social e intelectual dos jovens. A lei foi proposta após uma pesquisa revelar que muitos estudantes do ensino fundamental e médio da cidade passavam horas excessivas em seus smartphones, impactando negativamente seus estudos e bem-estar.
Impactos do uso excessivo de celulares

Estudos apontam que o uso excessivo de celulares pode causar diversos problemas em crianças e adolescentes, como:
- Dificuldade de concentração e aprendizado
- Problemas de sono e fadiga
- Aumento da ansiedade e depressão
- Sedentarismo e obesidade
- Isolamento social
Um estudo da Common Sense Media aponta que adolescentes passam em média nove horas por dia em frente a telas, enquanto crianças de 8 a 12 anos gastam cerca de cinco horas e meia.
Como a medida se compara com os EUA
Nos Estados Unidos, o debate sobre o tempo de tela e seus efeitos em crianças e adolescentes também é intenso. Embora não haja leis que limitem o uso de celulares, diversas organizações e especialistas recomendam que os pais estabeleçam limites claros e incentivem atividades offline. A Academia Americana de Pediatria sugere que crianças de 2 a 5 anos usem telas por no máximo 1 hora por dia, com conteúdo de alta qualidade, e que pais de crianças mais velhas estabeleçam limites consistentes, garantindo tempo suficiente para sono, atividade física e outras atividades essenciais.
