O cantor britânico Robbie Williams compartilhou que vive com a Síndrome de Tourette, condição neurológica que causa tiques involuntários. A revelação acontece em um momento crucial de sua carreira, às vésperas de uma nova turnê, e lança luz sobre a importância de discutir a saúde para além do que os olhos podem ver.
O peso da performance no palco
Em uma entrevista sincera, Williams, de 50 anos, confessou seu medo de como os tiques, que se intensificam sob estresse, poderiam se manifestar durante os shows. “Não importa o que você faça, está fora de controle”, disse ele ao jornal britânico The Sun. O cantor descreveu que os espasmos podem ser exaustivos e que, em seu pior momento, um lado de seu corpo parecia estar tendo um derrame. A pressão de se apresentar para milhares de pessoas agrava a condição, transformando o palco, que sempre foi seu lugar de força, em uma fonte de ansiedade.
O que é a Síndrome de Tourette?
A Síndrome de Tourette é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por múltiplos tiques motores e pelo menos um tique vocal (fônico). Esses tiques são movimentos ou sons súbitos, rápidos e recorrentes que não são rítmicos. Conforme explica a Associação Brasileira de Síndrome de Tourette (AST), a intensidade e a frequência dos tiques podem variar e são frequentemente exacerbadas por fatores como estresse, ansiedade e cansaço. A condição geralmente se manifesta na infância, mas o diagnóstico pode ocorrer em qualquer idade.
Um ato de coragem contra o estigma
A decisão de Robbie Williams de falar abertamente sobre seu diagnóstico é um passo poderoso para a desmistificação da Síndrome de Tourette. Ele não está sozinho nessa jornada pública; a cantora Billie Eilish, que convive com a condição desde a infância, também já falou sobre o quão “exaustivo” pode ser. Em uma entrevista à Netflix, Eilish compartilhou que, embora seus tiques diminuam quando ela está focada, a experiência de viver com eles é cansativa.
A atitude de ambos os artistas humaniza a luta contra a condição e reforça uma mensagem de que a vulnerabilidade não é fraqueza, mas um ato de coragem. A jornada deles destaca a resiliência necessária para enfrentar desafios pessoais sob os holofotes, uma lição que ecoa em muitas outras esferas da vida e combate o estigma que muitas vezes acompanha condições que não são visíveis.
