Satélite detecta frequência incomum vinda de galáxia distante
Um satélite experimental norte-americano, o Relay-2, captou recentemente um sinal de rádio misterioso vindo do espaço profundo, mais especificamente, de uma galáxia a cerca de um bilhão de anos-luz da Terra. A descoberta, anunciada por pesquisadores que monitoram o satélite, despertou atenção mundial e reacendeu debates sobre as origens dessas transmissões enigmáticas.
De acordo com cientistas envolvidos no projeto, o sinal é curto, intenso e altamente focado, com uma repetição incomum que o distingue de interferências técnicas ou emissões conhecidas de objetos celestes. Embora ainda esteja sendo analisado, os primeiros indícios indicam que ele pode se tratar de um novo tipo de rápido surto de rádio, também conhecido como FRB (Fast Radio Burst).
O que é um FRB?
Os FRBs são explosões intensas e breves de ondas de rádio vindas do espaço, que duram apenas milésimos de segundo. Desde que foram identificados pela primeira vez em 2007, esses sinais têm deixado a comunidade científica intrigada: ninguém sabe ao certo de onde vêm, nem o que os causa.
Algumas teorias sugerem que eles podem estar relacionados a estrelas de nêutrons, buracos negros, ou até mesmo eventos cósmicos ainda desconhecidos. Há também, entre os mais entusiastas, quem cogite a possibilidade de comunicação artificial, embora essa hipótese continue altamente especulativa e sem evidência concreta.

(Imagem | Nasa)
Relay-2: um novo olhar para o universo
O Relay-2 foi lançado em 2023 com o objetivo de monitorar frequências de rádio não convencionais vindas do espaço interestelar. Seu papel é complementar telescópios maiores, funcionando como um “ouvido móvel” sensível a sons cósmicos quase imperceptíveis.
Segundo a equipe da missão, o sinal recém-captado é um dos mais potentes já registrados por um satélite desse porte. Ainda serão necessários meses de estudo para determinar sua origem e possíveis implicações, mas os cientistas garantem: algo fora do comum aconteceu.
Um lembrete de como sabemos pouco
Independentemente da origem, esse tipo de descoberta reforça algo essencial: ainda conhecemos muito pouco sobre o universo. E cada nova frequência que chega até nós pode ser uma peça do quebra-cabeça que ajuda a entender o que há além do que conseguimos ver.
Enquanto olhamos para o céu com admiração, a ciência segue escutando com paciência, precisão e muita curiosidade.