Em 24 de junho de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo “completo e total”, encerrando o que ele definiu como uma “guerra de 12 dias” no Oriente Médio. Segundo Trump, o acordo foi alcançado com mediação norte-americana e catariana, Israel interromperia seus ataques 12 horas após o Irã, marcando o fim oficial do conflito .
A administração Trump destacou o papel dos EUA na negociação, incluindo a participação do vice-presidente J.D. Vance, do senador Marco Rubio, e do enviado Steve Wittkoff, além do apoio do Catar.
Violação do cessar-fogo e tensões persistentes
Apesar do anúncio, relatos indicam que ataques continuaram, mísseis foram lançados por ambos os lados antes e após o prazo estipulado. Israel acusou o Irã de lançar mísseis após o início da trégua, enquanto Teerã negou ter violado o acordo .
Em resposta, Trump exigiu que Israel suspendesse novas ofensivas, garantindo que os aviões retornassem. Já o ministro iraniano Abbas Araghchi reteve a formalização, afirmando que “não há acordo” até que Israel cesse primeiro.
Avaliação de Trump como vitória diplomática
Trump celebrou o cessar-fogo como um triunfo de sua política externa, anunciando o embarque para a cúpula da OTAN com esse suposto êxito . Ele caracterizou o ataque iraniano como “muito fraco” e elogiou a postura firme dos EUA, ressaltando que a inteligência norte-americana “obliterou” estruturas nucleares iranianas .
Analistas, porém, alertam que as hostilidades podem recomeçar a qualquer momento. Israel mantém prontidão para retomar ações, acusando o Irã de infração às condições do cessar-fogo . O Irã, por sua vez, condiciona sua adesão a um cessar-fogo israelense e não confirmou oficialmente qualquer pacto .
As operações militares continuaram causando alto número de vítimas. Estima-se que cerca de 974 pessoas tenham perdido a vida até agora, incluindo centenas de civis nos dois países.
O que isso significa para o mundo?
- Fragilidade diplomática: o cessar-fogo pode ser temporário, enquanto ambas as partes mantêm condições distintas e prontidão militar.
- Impacto econômico: o anúncio levou à queda nos preços do petróleo, reduzindo temores sobre o fechamento do Estreito de Ormuz.
- Próximos passos: com Trump indo para a OTAN, aliados globais monitoram o desdobramento do acordo e se ele realmente será mantido.
Para brasileiros nos EUA e em outros lugares, resta observar como esse cessar-fogo afeta a estabilidade global, os preços de energia e possíveis repercussões nas relações internacionais. É importante acompanhar a validação ou não desse acordo, além das negociações que poderão vir por trás dele, incluindo o futuro do programa nuclear iraniano.