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Trump impõe tarifas históricas e muda as regras do comércio global

A nova política comercial dos EUA eleva tarifas para mais de 18% e pode afetar diretamente os consumidores

Em mais uma jogada ousada de sua política econômica, o presidente Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas sobre praticamente todos os países do mundo. A decisão marca o retorno das tarifas mais altas já vistas nos Estados Unidos desde 1933, durante a polêmica era Smoot-Hawley, considerada um dos fatores que agravaram a Grande Depressão.

A partir do dia 7 de agosto, o imposto médio sobre produtos importados passará de 1,2% para mais de 18%, segundo o Budget Lab da Universidade de Yale. Isso significa que quase todos os produtos que entram nos EUA estarão significativamente mais caros, e, inevitavelmente, esse custo será repassado ao consumidor final.

Inflação à vista?

Mesmo com os mercados financeiros reagindo com cautela, e apesar da recuperação do PIB e da estabilidade do mercado de trabalho, economistas alertam que as novas tarifas podem provocar aumento nos preços e desaceleração econômica nos próximos meses.

Empresas como Apple, General Motors, Stellantis e Volkswagen já reportaram bilhões de dólares em gastos com tarifas apenas neste trimestre. A Apple, por exemplo, pagou US$ 800 milhões em tarifas no último trimestre e prevê US$ 1,1 bilhão para o próximo. Gigantes do varejo como Walmart e Target afirmam que não terão como absorver os custos sozinhos e, por isso, já planejam reajustar os preços para os consumidores.

Para os brasileiros que vivem nos EUA, isso pode significar desde eletrônicos mais caros, passando por roupas e alimentos importados, até produtos do dia a dia com preços reajustados nas prateleiras.

Uma aposta arriscada para “salvar” a indústria americana

A administração Trump justifica a medida com quatro objetivos principais:

  • Aumentar a arrecadação do governo
  • Estimular a indústria e a produção nacional
  • Reequilibrar a balança comercial
  • Usar tarifas como ferramenta política e diplomática

De fato, alguns dados sustentam o discurso do presidente. O Tesouro dos EUA arrecadou cerca de US$ 150 bilhões com tarifas desde o início do mandato de Trump. Algumas empresas anunciaram a construção de novas fábricas em solo americano. E, por um breve período, o déficit comercial do país foi reduzido.

Mas, como alertam especialistas, essas “vitórias” vêm acompanhadas de várias ressalvas.

A arrecadação tarifária, por exemplo, não vem de outros países – como Trump frequentemente afirma – mas sim das empresas americanas que importam produtos. Muitas das novas fábricas já estavam planejadas antes das tarifas e podem demorar anos para entrar em operação. Além disso, com cerca de 400 mil vagas industriais abertas e sem preenchimento nos EUA, não está claro quem irá trabalhar nessas novas plantas. A ameaça de tarifas nem sempre funciona como estratégia política e, em muitos casos, são os próprios consumidores americanos que pagam a conta.

O futuro do comércio global está em xeque

Ainda é difícil prever como a história vai julgar esse momento. Até agora, a ousada “experiência tarifária” de Trump parece ter surtido mais efeito do que muitos analistas esperavam. Por outro lado, há um medo crescente de que os impactos mais profundos ainda estejam por vir, com potenciais abalos no comércio global e um enfraquecimento da posição dos EUA no cenário internacional.

Para os imigrantes brasileiros em Massachusetts, vale o alerta: prepare-se para um cenário de preços mais altos e possíveis mudanças no mercado de trabalho. A política de tarifas de Trump pode não parecer algo do nosso dia a dia, mas seus efeitos certamente baterão à porta de cada lar, inclusive o seu.

Zimny Magazine

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