Promessa de campanha não se cumpre
Durante a campanha eleitoral, Donald Trump prometeu cortar os preços da energia elétrica pela metade em até 18 meses. No entanto, os custos dispararam e hoje crescem duas vezes mais rápido que a inflação.
Eletricidade avança além da inflação
Segundo o Bureau of Labor Statistics, até julho os preços da energia elétrica subiram 5,5% em 12 meses, mais que o dobro da inflação geral. Famílias em estados como Maine (+26%), Nova Jersey (+25%) e Illinois (+14%) sentiram um forte impacto.
Contas de luz pesam no bolso
Milhões de americanos sofrem com o custo. Uma em cada seis casas estava com contas atrasadas até março, acumulando US$ 24 bilhões em dívidas de serviços públicos. Em estados como Arizona, moradores relatam contas quase dobradas em apenas um ano.

Demanda de data centers de IA acelera consumo
O crescimento explosivo da inteligência artificial pressiona o sistema elétrico. Data centers, que já consomem 4,4% da eletricidade do país, devem dobrar ou triplicar sua demanda até 2028, chegando a até 12% do total.
Projeções indicam alta contínua
A EIA projeta aumento de 4% nos preços da energia residencial este ano e 6% no próximo. O gás natural, responsável por 40% da geração elétrica dos EUA, já está 37% mais caro que no ano passado e deve subir mais em 2026.
Infraestrutura envelhecida encarece custos
Grande parte da rede elétrica foi construída antes da década de 1970 e exige reparos caros, especialmente em regiões vulneráveis a incêndios e eventos climáticos extremos. Esses investimentos acabam repassados ao consumidor.
Fossil fuels x energia limpa
Trump tem revertido políticas de incentivo às renováveis e manteve usinas a carvão em operação. Em maio, ordenou que uma usina de Michigan com mais de 60 anos não fosse desativada, medida criticada por elevar custos.
Energias renováveis em xeque
A Casa Branca interrompeu projetos de energia eólica, incluindo um parque quase pronto em Rhode Island. Especialistas alertam que a decisão pode prejudicar a confiabilidade da rede e aumentar ainda mais os preços no futuro.

Pressão sobre o custo de vida
Economistas destacam que a combinação de demanda crescente, gás caro, infraestrutura antiga e bloqueio às renováveis coloca mais peso no bolso das famílias. “Acender as luzes exigirá mais do seu salário”, disse Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM.

