A nova taxa anual de US$100.000 aplicada a pedidos de visto H‑1B levou empresas de tecnologia a reavaliar contratações nos EUA e a acelerar estratégias de offshoring, gerando impacto imediato nas decisões de contratação em Silicon Valley.
O que mudou
Uma proclamação federal criou uma taxa extraordinária de US$100.000 por trabalhador em H‑1B, válida inicialmente por 12 meses com início em 21 de setembro. A cobrança aumenta substancialmente o custo para empresas que dependem de mão de obra estrangeira qualificada.
A medida eleva custos operacionais para grandes empresas e consultorias que tradicionalmente patrocinam H‑1B, e pode tornar inviável contratar ou renovar vistos para cargos que hoje são preenchidos por trabalhadores estrangeiros. Para muitas empresas, migrar funções para centros offshore ou ampliar contratações locais passou de alternativa de longo prazo para ação imediata.
Impactos na contratação e nas cadeias de TI

Offshoring acelerado: fornecedores e equipes técnicas em países como Índia podem assumir projetos antes executados nos EUA, reduzindo presença direta no mercado americano.
Pressão sobre startups: custos adicionais penalizam empresas jovens com menos caixa, que dependem de talentos estrangeiros para crescer rapidamente.
Reequilíbrio de competências: empresas podem aumentar recrutamento local, terceirização ou automação para reduzir dependência de vistos H‑1B.
Possíveis implicações
A curto prazo, a taxa deve reduzir vagas e acelerar a realocação de equipes para fora dos EUA, com efeito direto nas oportunidades profissionais e na forma como projetos de tecnologia são organizados.
A médio prazo, espere maior automação em tarefas repetitivas, mudanças nos planos de expansão de startups e uma pressão renovada por políticas públicas e litígios que podem alterar ou atenuar a medida.
