Agência cita riscos à saúde intestinal e cognitiva; medida afeta uso em menores de três anos
A Food and Drug Administration (FDA) anunciou nesta sexta-feira novas restrições ao uso de suplementos de flúor ingeríveis para crianças, alertando para riscos emergentes à saúde e orientando que tais produtos sejam utilizados apenas em crianças com 3 anos ou mais que estejam em alto risco de cáries dentárias.

Os comprimidos, gotas ou pastilhas de flúor para ingestão — anteriormente prescritos a crianças a partir de seis meses em regiões com água com baixo teor de flúor — não devem mais ser recomendados para crianças menores de 3 anos ou para aquelas com risco moderado ou baixo de cárie. A FDA enviou cartas-advertência a quatro fabricantes para que não comercializem esses produtos fora dos novos limites de idade.
Por que a mudança
A agência divulgou uma nova análise científica afirmando que os benefícios dos suplementos de flúor para dentes de crianças são limitados e que seu uso pode estar associado a “alterações no microbioma intestinal, ganho de peso e comprometimento cognitivo”. A FDA ressaltou que essa medida não afeta pastas, enxaguantes ou tratamentos profissionais com flúor.
O que isso significa para Massachusetts
Em Massachusetts, onde o Massachusetts Department of Public Health oferece orientações sobre saúde bucal e fluoretação da água pública, a mudança coloca atenção especial às comunidades rurais ou com sistema de água local com baixo teor de flúor.

Dentistas e autoridades locais alertam que essa limitação pode gerar aumento de cáries em áreas onde a água não é fluoretada, pois os suplementos eram usados justamente para suprir essa deficiência.
Em Massachusetts, pais, pediatras e odontologistas devem revisar regularmente o teor de flúor na água local e avaliar a necessidade individual antes de manter ou iniciar qualquer suplemento.
Reação da comunidade odontológica
A American Dental Association (ADA) contestou parcialmente a medida, defendendo que os suplementos são seguros e eficazes quando usados conforme prescrição em comunidades com água de baixo flúor. A ADA alerta ainda que a restrição possa agravar a desigualdade em saúde bucal.
O que os pais em Massachusetts devem fazer
- Verificar o nível de flúor da água local ou pública de sua residência.
- Consultar antes o odontopediatra ou pediatra sobre a necessidade de suplemento de flúor.
- Priorizar higiene bucal adequada (escovação com pasta fluoretada, visitas regulares ao dentista) nas crianças.
- Para regiões com sistema de água pouco fluoretado, discutir alternativas seguras com o profissional de saúde
